5 de mar. de 2010

Caixa de Pandora

                                              

       De todos os escândalos políticos dos quais tive notícias e acompanhei, nenhum deles me entristeceram tanto quanto o "escândalo do mensalão" falado a todo momento em todos os telejornais, internet, esquinas e afins. Digo que me entristeci porque na minha concepção de ver as coisas defino todo esse "rolo" como uma rotina no meio político, que até agora não me surpreendeu em nada tudo que foi mostrado, porque sei que na verdade isso nunca vai acabar. Apenas o aspecto de ter sido filmado e mostrado na mídia é diferente, ao contrário dos outros que não vimos as imagens, apenas ficamos supondo de qual jeito teria sido feito os chamados "roubos" aos cofres públicos.
Não estou surpresa com um ou outro colocando dinheiro em bolsa, meia, cueca e até orando em agradecimento ao dinheiro vindo de modo fácil. Não me surpreendo com nada disso. Até porque nada disso é novidade prá ninguém. Todo mundo sabe que no mundo da politicagem essas coisas acontecem e é toda hora, a todo momento. Apenas não se consegue provar que o que pensamos realmente esteja sendo feito e como porque não vimos, só ouvimos falar.
E tá aí a prova de tudo isso. O melhor governador que Brasília teve desde o tempo de Juscelino está preso. Se por um lado, muitos acham que ele deveria é estar em um presídio, abarrotado de ladrões e estrupadores, eu não acho nem que ele deveria estar preso.
Eu o considero injustiçado, bem como o advogado de defesa o diz. Concordo com ele em todas as palavras quando ele tenta a todo custo mostrar a demagogia que está sendo feita em cima de Roberto Arruda. O advogado dele faz o papel dele e tenta fazer o melhor, ainda sem êxito. Ele é advogado e tem sua obrigação para tanto. Mas, eu sou apenas, eleitora, dona de casa e observadora. E mesmo assim concordo com ele.
Se observarem direito, quando manifestantes saem às ruas para pedirem que Arruda continue preso, com faixas de "fora Arruda" e aquela invasão, inclusive na Cãmara Legislativa, não é sequer 1/1000 da população do Distrito Federal. Aliás não tem o chamado povão naquele meio.
Não tem moradores de Santa Maria em peso, nem do Paranoá tão pouco que foi a cidade satélite mais favorecida no Governo Arruda. Não tem donas de casa, porque elas são gratas pelo que Arruda fez pelos seus filhos, melhorando escolas,colocando prá funcionar a escola integral. Não tem motoristas furiosos, nem policiais militares, nem civis, nem moradores de cidade satélite nenhuma revoltados ou contra ele.
Aquele grupo é uma minoria, que acredito eu, não se beneficia quando um Governador coloca asfalto numa cidade que há mais de 30 anos era de ruas esburacadas, não se beneficiam quando ele coloca rede de água e esgoto pra funcionar onde nunca houve, quando um Governador distribui lotes e casas à pessoas que há mais de 20 anos aguardam numa fila que não andava. Quando alarga ruas e avenidas que melhorarão o trânsito caótico que ora se apresenta. São estudantes na sua maioria que não sei de onde são, mas não devem ser desses lugares a que me refiro, porque não iriam prás ruas apenas atrapalharem o trânsito.
Se o Distrito Federal realmente fosse a favor de Arruda preso e fora do Governo, milhares de pessoas estariam nas ruas e não essa meia dúzia de gente que parece que não tem o que fazer.
Eu sinto muito por Arruda e lamento que somente ele esteja preso. Eu gosto dele, votei nele e acho que ele não merecia isso. Mas.. Fazer o que? Isso aqui é o Brasil de todos nós.
Essa é apenas a minha opinião. E que fique aqui registrada a minha indignação quando saio à rua e vejo pessoas que não tem o que fazer fechando ruas e rodovias para chamarem nossa atenção prá coisas que já estão sendo resolvidas.


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Caixa de Pandora




O mito da caixa de Pandora faz alusão à origem dos males que permeiam o mundo.

A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo. Para tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão de Prometeu.

Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de algum plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo. Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.

Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra Prometeu.

Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança. Dessa forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o homem é capaz de manter-se perseverante mesmo quando as situações se mostram bastante adversas. Além disso, esse mesmo mito explora a construção da identidade feminina como sendo marcada pela sensualidade e o poder de dissimulação.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

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