28 de mai. de 2010

Os Jogos do Brasil na Copa 2010

Falando sobre a Copa 2010

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      Não poderia deixar de falar na Copa 2010, se todo o Mundo tá ligado nesse movimento.
     Mesmo com as escolhas do Dunga, vou acabar torcendo, porque Brasil é Brasil e não dá prá ficar indiferente as gols, quando eles acontecerem.
     Temos só de ficar de olho nos dias dos jogos do Brasil, para nos situar e colocar as coisas em ordem, prá depois ficar de butuca na TV.
     Vou mostrar prá vocês um texto que achei interessantíssimo que li outro dia em um site sobre a copa e acabei dando boas risadas.
     Não me queiram mal amigas, mas o texto tem seu lado engraçado.  
    


REGRAS CONJUGAIS PARA A COPA DO MUNDO

Queridas esposas, noivas, namoradas. E também parceiras, amantes, filhas, sobrinhas, primas, tias, madrinhas, amigas, colegas ou qualquer criatura do sexo feminino:

Divulgamos, com muitos dias de antecedência, as 13 regras para a Copa de 2010 para que vocês leiam com calma, entendam e não atrapalhem nossa torcida:

1. Durante a Copa, a televisão é minha. 100% minha, o tempo todo. Sem exceção nem discussão. Estarei me lixando se for o último capítulo da novela das 8, onde Helena, a mocinha, comete suicídio introduzindo um ferro em brasa na boca. Se você dirigir o olhar ao controle remoto, uma vez sequer perderá... Os olhos!

2. De 11 de junho a 11 de julho de 2010, você deverá ler a seção de esportes do jornal de modo a se manter a par do que se passa com respeito à Copa do Mundo, o que lhe permitirá participar das conversas. Caso não proceda desta maneira, você será olhada com maus olhos, ou mesmo ignorada por completo. Neste caso, não reclame por não receber nenhuma atenção.

3. Se você precisar passar em frente à TV durante um jogo, eu não me importarei, contanto que o faça rastejando e sem me distrair. Se você decidir se exibir nua diante de mim à frente da TV, esteja certa de vestir-se imediatamente em seguida, pois, se pegar um resfriado, não terei tempo de levá-la ao médico nem de lhe dar assistência durante o mês da Copa.

4. Durante os jogos eu estarei cego, surdo e mudo, exceto nos casos em que eu solicite que me encha o copo de cerveja, ou peça a você a gentileza de me trazer algo para comer. Você estará fora de si se achar que irei ouvi-la, abrir a porta, atender ao telefone ou pegar nosso bebê que possa ter caído no chão... Não vai acontecer.

5. É uma boa idéia manter pelo menos 2 caixas de cerveja na geladeira o tempo todo, bem como razoável variedade de tira-gostos e belisquetes. E, por favor, não faça cara feia para meus amigos quando eles vierem assistir jogo aqui em casa comigo. Como recompensa, você estará autorizada a transar comigo e assistir TV entre meia-noite e seis da manhã, a menos, é claro, que neste período haja a reprise de algum jogo que eu tenha perdido durante o dia.

6. Por favor, por favor, por favor! Se me vir contrariado por algum time de meu interesse estar perdendo, NÃO DIGA coisas como: "Ah, deixa isso pra lá é só um jogo..." ou "Não se preocupe, eles vão ganhar da próxima vez..." Se disser coisas desse tipo, só me deixará com mais raiva e vou amá-la menos. Lembre-se, você jamais saberá mais sobre futebol do que eu e suas supostas "palavras de encorajamento" apenas nos levarão à separação ou ao divórcio.

7. Você será bem-vinda a sentar-se comigo para assistir um jogo e poderá me dirigir a palavra no intervalo entre o 1º e o 2º tempos, mas apenas durante os comerciais e (importante) APENAS se o placar do primeiro tempo tiver sido do meu agrado. Favor notar também que especifiquei UM jogo, ou seja, não use a Copa do Mundo como pretexto mimoso para aquela coisa de "passarmos tempo juntos".

8. Os repetecos dos gols são muito importantes. Não importa se já vi o gol ou não, eu quero ver novamente. Muitas vezes.

9. Não incomode a mim ou meus amigos perguntando sobre as regras do futebol. Olhe o jogo e finja que está entendendo. Pule e grite quando eu pular e gritar. Nunca, jamais pergunte como funciona a regra do IMPEDIMENTO. Você não tem capacidade intelectual para entender.

10. Avise suas amigas para no mês da Copa não darem à luz nenhum neném, ou mesmo promover qualquer festa de criança ou eventos de qualquer natureza que exijam minha presença, por que:

• Eu não vou,
• Eu não vou e
• Eu não vou.

11. No entanto, se um amigo meu nos convidar para ir à casa dele num domingo para assistir um jogo, iremos de imediato.

12. As resenhas e debates esportivos da Copa toda noite na TV são tão importantes quanto os jogos propriamente ditos. Que nem lhe passe pela cabeça dizer coisas como "Mas você já viu isso tudo... porque não muda para um canal que todos possamos assistir?" Se disser algo assim, saiba desde já que a resposta será: "Veja a regra nº 1 dessa lista".

13. E, finalizando, por favor, poupe-me de expressões como "Graças a Deus que só tem Copa do Mundo de quatro em quatro anos". Estou imune a manifestações ridículas dessa natureza, pois após a Copa vêm a Liga dos Campeões, a Sub20, o campeonato italiano, o espanhol, o alemão, o brasileirão, o goianão, o gauchão, o paulistão, o Mineirão, etc.

Grato por sua cooperação,
Assinado: Todos os Homens (que amam o futebol) do Mundo!!!





Ela





25 de mai. de 2010

Meus 50 Anos

Vivi minha vida, escondendo minha verdadeira idade. Não sei se é porque as mulheres todas fazem isso ou se por bobeira minha mesmo. Meu "Eu" falou mais forte. Quebrei o mito. Mulher não deve mentir sobre a idade. Passou dos 30, fica madura. Amadurece, precisa mostrar que aconteceu. E um sintoma de amadurecimento é este: não esconder mais a idade. Bem, passar dos 30 já passei faz tempo. Amadurecer, pode-se dizer que estou chegando lá. Amadurecimento para mim são outras coisas. Aliás, são muitas coisas. De vez em quando penso como adolescente. Então, estou chegando lá. Bem, faltam poucos dias para meu aniversário. Será um aniversário especial. Farei 50 anos de idade. Caramba! Estou ficando madura. Gosto de falar que vou fazer 50 anos. Afinal é meio século de vida! Brasília fez 50 anos, e eu também. Um motivo óbvio prá se comemorar são as coisas que vi e que vivi. São muitos caminhos percorridos. Muitas histórias para se contar. Muitas lembranças para reviver. Perdi muitos colegas nessa caminhada. Foram crianças doentes ou foram adolescentes mal informados. Até meus cinco anos não existiam todas as vacinas que hoje tem por aí. O sarampo matava muitas crianças até 1965. A varíola ainda assombrava o Brasil. Por isso, as doenças matavam muito nessa época. As drogas e balas perdidas ainda eram raridades. Mas meus pais já me ensinavam a ficar longe das drogas. E eu sobrevivi a isto. As pílulas anticoncepcionais enfim chegaram ao Brasil. As mulheres poderiam optar em ter menos filhos. Vi os telefones chegando nas casas de quem podia ter um. Pagávamos a ligação na casa da vizinha quando precisava falar com meu pai no serviço. A vizinha cobrava um cruzeiro cada ligação. Os ônibus elétricos ainda circulavam por Madureira, pendurados por fios que soltavam faíscas, andando nos trilhos como se fossem trens. Vi os homens pisarem na lua e ao vivo!(mas não acredito que seja verdade até hoje). Vi a ponte Rio - Niterói sendo construída. Vibrei de alegria quando ficou pronta. Já pensou? Ir a Niterói de ônibus ao invés de barca? Passar por cima do mar? No começo tive medo de passar por lá. Depois achei que era segura. Aos 10 anos vi o Brasil ser tri-campeão. Acho que foi a maior festa que vi de todas as copas. Os absorventes começaram a serem comercializados. Era o fim das chamadas toalhinhas. Já com meus 12 anos vi a primeira novela a ser transmitida à cores no Brasil. "O Bem Amado". A TV a cores chegava. Quem não podia comprar uma, colocava papel celofane colorido azul sobre a tela pra dizer que era o céu, embaixo era verde para quando fosse passar o futebol, a grama ficar na cor certa. Maior mico. Mas todo mundo fazia igual. Em casa só tivemos uma depois de 1980, quando era possível pagar uma. Vi o muro de Berlim ser derrubado, assisti ao casamento do Príncipe Charles com a princesa Dayana ao vivo e já em cores. Vi muitos filmes do Nacional Kid (herói da época), que hoje só se compra pela internet e olhe lá. Celular? Estava para chegar e todo mundo ia querer ter um. A fila para se cadastrar e aguardar a chamada para habilitação era gigantesca. Esperei por meses na fila para ter o privilégio de ter um. E como era caro! Hoje você compra um ventilador e ganha um celular de presente, habilitado e desbloqueado. Não vou nem contar quantas vezes coloquei bombril na ponta da antena de TV prá ver se a imagem melhorava. Rádios de válvulas ainda eram bem comuns. Minha avó ainda tinha um prá ouvir à hora da Ave Maria todos os dias, às 18 horas com o Júlio Lousada. Bastava ela ligar o rádio meia hora antes do programa para as válvulas se aquecerem. Ah... Os compactos simples e Lp´s , que hoje foram transformados em cd´s, ainda tenho um montão. Os chamados discos de vinil tinham um som bem mais apurado. Hoje eles são utilizados pelos Dj´s para fazerem as festas. A pirataria não existia, porque não dava prá copiar eles. Sandálias havaianas eram para pobres irem à praia. Hoje virou luxo e custam mais caras. Os militares ainda estavam no poder. Só havia pequenos furtos, fáceis de se resolver. Ainda se podia dormir com janelas abertas no Rio. Com meus 13 anos lembro que as mulheres foram liberadas para usarem calças compridas. Minha avó disse que nunca iria usar. Isso era coisa para os homens. Alguns anos depois ela também aderiu. Eu gostei da novidade. Aí comecei a ir para a escola com minha calça azul marinho de tergal. Segurar a saia em dias de vento ou prá subir escadas era triste. Leila Diniz mostrou o Barrigão de grávida na praia de Ipanema! Que escândalo! Saiu em todos os jornais! Aos poucos umas mais corajosas começaram também a irem à praia, mesmo estando grávidas. Inventaram um babado que escondia a barriga. Tipo uma cortina. Parecia uma bata que só tinha a frente. Era prá proteger o bebê do calor e do sol. Pode? Mas foi uma revolução. Um avanço para a época. Logo, logo Baby Consuelo também já cantava exibindo seu barrigão nos palcos. Outros comentários. Mais fotos nos jornais. Agora tudo é normal e permitido. Agora temos Mp3, Mp4, Mp10 e 11, fones sem fios, celulares de graça, com chips, com memórias, desbloqueados, TVs LCD, de plasma, digital, celular que grava, que filma, Playstation 1, 2, 3. Cinema em 3D. Caramba! Acho que não falta mais nada. Infelizmente as drogas também revolucionaram e o crack tá aí, viciando em apenas 3 segundos e matando um monte a cada hora. Mas, eu cheguei à conclusão que se vi tudo isso, vivi o suficiente prá poder comemorar. Afinal foram 50 anos de evolução. Vi coisas e pessoas se transformando, evoluindo. Então tenho todo o direito de festejar. Acho que mereço e vou fazê-lo. Felicidades para mim, pelos meus 50 anos

13 de mai. de 2010

13 de Maio - Dia da Abolição da Escravatura

Hoje comemora-se 122 anos que Princesa Isabel assinou a Lei Áurea

Princesa Isabel: assinou a Lei Áurea em 13 de maio de 1888

12 de mai. de 2010

O dia em que não vivi

Foram muitos anos de convivência, de carinhos, de doações de tempo. Havia entre nós, muito mais que amor e respeito. Eu a admirava e ela sempre preocupada com meu bem estar e de meus irmãos. Eu até achava que ela exagerava, mas era assim mesmo. Coisas de mãe.

A saudade que eu tinha por ela sempre era grande, porque fui morar longe, em outro estado e ela havia me pedido que não fosse. Mas eu precisava ir, mesmo que com o coração partido.

Havia acabado de me casar e meu marido fora transferido para Brasília. Ela chorou no dia em que vim para cá. Eu adoeci meses depois e fiz uma retirada de um tumor. Os médicos disseram que era o tumor da tristeza. Devia ser mesmo porque eu só fazia chorar, de manhã, de tarde e a noite. Quase não dormia direito por tanta e tanta saudade.

No começo achei que não iria me adaptar por aqui pois as pessoas são de comportamento muito diferente do que eu estava acostumada. São mais calados, fechados. Quase não conversam. Não existe vizinhança. Esquisito. Depois acabei me conformando, mas nunca me acostumei com essa terra.

Minha mãe vivia me pedindo prá voltar. Mas como eu poderia? Seria simples, mas ao mesmo tempo sem possibilidades. E o tempo passou e vieram os filhos e ela mais que depressa veio para ficar comigo. Ficou toda boba com o neto mais recente. Ficou comigo um tempo e se foi e logo adoeceu.

Passaram os meses e mais um derrame levou minha mãe embora, ainda na flor da idade, com apenas 54 anos. Faltava pouquinho para completar seus 55 anos. Já tinha até comprado roupa nova prá estrear em sua festa de aniversário que não aconteceu.

Eu estava dormindo no dia em que ela se foi e fui acordada com a campainha do telefone, mas meu marido já tinha ido atender. Ele chorava no telefone e eu senti um gelo na barriga. Minha mãe tinha acabado de partir.

Por uns dois minutos ou mais, fiquei em silêncio e depois me entreguei ao desespero total. Acusava os médicos que estavam cuidando dela de assassinos, frios, cruéis e me lembro que fui para o Rio à noite chorando sem parar, com meu filho mais velho ainda bebê no meu colo. Eu não conseguia e nem queria aceitar aquilo. Estava indo para o enterro da minha mãe, pedindo a Deus que não desse tempo de vê-la. Eu não queria ver minha mãe dentro de um caixão, coberto de flores, sem poder sentir seu abraço que sempre foi meu, quando eu a visitava e que deixava ela tão feliz. Minha mãe não iria me abraçar, nem me beijar, nem mais sorrir para mim.

Preferia não ter que ver. E aconteceu que por me demorar a chegar, ela foi sepultada sem que eu tivesse chegado a tempo. Mesmo assim foi horrível ter que ver seu túmulo, saber que estava ali e ninguém iria me trazê-la de volta.

Aquele dia ficou tudo parado, sem motivação, sem emoção. Nem lembro se chovia ou fazia sol. Sei que era um dia feio, muito feio. Não lembro se almocei, se jantei.

Sei que não vivi.

Sempre achei que perder nossa mãe fosse terrível, mas é muito pior do que isso. Não tem explicação para o pior momento da vida da gente.

Precisei de ajuda psicológica por quase dois anos e fui me conformando com o tempo que foi se passando. Me reergui e voltei a viver, porque até então eu não sabia o que eu estava fazendo ao certo, se vivendo ou morrendo em conta gotas.

Ontem se tivesse conosco ela completaria 70 anos e ainda estaria jovem e bonita conosco. Mas não foi assim que Deus quiz.

Dizem que o tempo ajuda. Que sara feridas. Que nos faz esquecer. Tudo mentira. O tempo apenas aumenta a cada passo que ele dá, a saudade que vai ficando de um tamanho anormal e que quase não cabe no nosso coração de tanta dor que essa saudade faz.

Ameniza o sofrimento? Se não precisar mais de um psicólogo é amenizar sofrimento, então estou curada, porque não precisei mais.

mas, continuo com saudades, tristeza e com uma ferida enorme no coração que hoje sei, não vai fechar. E ainda choro.

A minha mãe dedico todo meu amor, exclamo aqui toda minha saudade e peço á Deus que continue cuidando dela com muito carinho até que possamos nos encontrar.

Não é uma boa lembrança para se ter da nossa mãe, mas todos os anos, nos dias das mães é assim comigo. Não tem como ser diferente.

Eu o amo e isso é tudo.

9 de mai. de 2010