Primeiramente vou desejar a todos vocês que tenham um lindo
dia e que vocês jamais passem o que eu passei ontem. No fim de tudo deu até
vontade de rir, ma o problema foi sério.
Tudo começou
quando eu me levantei na sexta-feira para mais um dia de batalha e ainda por
cima era feriado de finados. Quase que nem consegui me levantar porque o meu
braço direito doía tanto que não deixava apoiar-me direito para sair da cama. Igual
uma bola, tive de sair da cama rolando pro lado de fora. Então procurei rapidamente
a caixa de remédios que já tenho para qualquer problema (não façam isso! Não
tomem remédio por conta própria) e procurei por um antiinflamatório que é
porreta pra qualquer "ite" que se tenha e eu achei que era tendinite,
porque a dor começava no alto dos meus ombros e chegava até os dedos das mãos
que ficaram dormentes e inchados. Eu nem conseguia fechar a mão. Graças a Deus
que o outro lado não estava com defeito.
E como eu disse,
não tomem remédio por conta própria porque pode não dar certo para o que você
tem e porque também pode te matar. No meu caso além de não dar certo ainda me
deu uma bruta dor no estômago que me doía tudo.
Resolvi então,
depois da burrice de tomar qualquer coisa, procurar um médico para solucionar
meu problema. Aí começou a saga.
Cheguei ao
hospital na Asa Sul que era conveniado pelo plano que eu tenho, mas não é mais.
Depois de pegar a senha 217 e ficar esperando para fazer a ficha por mais de
uma hora, o casal de senha 216 foi chamado pelo lindo painel eletrônico e eu
fiquei toda boba porque enfim chegaria minha vez, O painel apagou. Simplesmente
apagou, do nada. Meu filho deu a maior gargalhada e eu dei um tapa no braço
dele e mandei parar de deboche. Quando o casal saiu da fila, como o painel não
funcionava mais, o rapaz deu um grito bem alto: 217!!! Fui até ele e ele foi logo
medindo minha pressão e perguntando qual era meu problema e etc.,, , quando eu
falei do meu plano, ele tirou o trem da pressão do meu braço, pediu desculpas e
falou que ali não aceitavam mais o meu plano. O hospital também tinha mudado de
nome. Levantei-me da cadeira sem nem saber qual era a minha pressão e quando
abri a porta o painel acendeu e apareceu nele 218. Meu filho deu outra
gargalhada e eu morrendo de dor e de raiva fiz igual o Zé buscapé, resmunguei
alguma coisa que nem eu mesmo entendi.
Como eu estava
com umas merrecas na carteira peguei o buzão e adiantei mais 6 longas quadras e
fui para o Santa Lúcia porque lá eu tinha certeza que atenderia porque eu já tinha
ido lá algumas vezes e era certo. Peguei uma nova senha, mas pra desencargo de
consciência eu perguntei ainda na fila para o meu desespero porque a mocinha
simpática da recepção disse “não atendemos mais seu plano, me desculpe”. Meu
filho ia rir, mas entendeu. Dei meia volta no quarteirão já que eu estava no
setor de hospitais e entrei no Santa Luzia que também atendia meu plano,
atendia porque antes de pegar a senha eu fui logo perguntando e outra simpática
me disse o que eu temia. Não atendemos mais seu plano, mas o Hospital Planalto
atende. E onde fica. Na 914.
Para quem conhece
a Asa Sul e conhece o tamanho das quadras e está na 716 sabe o que é isso. Não
dá pra pegar ônibus pra lá na 914 e andar é torturante.
Meu filho
resmungou e eu falei. Acelera porque estou com dor e é só por isso que vou
fazer este sacrifício. Marchamos no sol quente, passamos por um pombo morto que
estava caído na grama, atravessamos um monte de tesouras e chegamos lá,
cansados, suados e Deus sabe lá mais o que.
Peguei a senha
para fazer a triagem e depois fazer a ficha e depois passar pelo médico. Estava
na senha 37 e eu peguei a 38. Quase chorei de emoção As coisas estava
melhorando. Nem mal sentei na cadeira para aguardar a chamada, a moça simpática
da recepção chamou e 38 e lá fui eu toda boba.
Ela perguntou a especialidade que eu queria me consultar e eu disse a
ela que pela dor que eu sentia e pelo local que era deveria ser ortopedista e
ela disse com um lindo sorriso no rosto "hoje não temos ortopedista".
Então eu sorri e falei pra ela que o clínico geral me bastaria, pelo menos eu
não perderia a viajem. Negativo o senhor doutor clinico geral não atende casos
que sejam de ortopedia. Argumentei com ela que ele poderia pelo menos me passar
uma medicação para dor até eu achar um ortopedista. Ela levantou e foi lá falar
com o tal doutor que nem veio me ver e mandou dizer que nada feito. Ele
simplesmente não iria me atender.
Deu-me vontade
de xingar todo mundo, chorar, quebrar balcão, mas eu sou educada e o que fiz
foi caminhar de volta pra casa de onde eu nem deveria ter saído, porque foi uma
tarde toda inútil e o braço sem parar de doer.
Na volta meu
filho não ria mais. Tava com calor, tava com sede, tava cansado, tava
indignado, tava danado da vida.
Chegamos no ponto
do ônibus na W3 sul e sem poder escolher muito tive de pegar o buzão para casa
e viajar em pé, porque quando ele chega ali, não tem mais lugar pra sentar e
fui me equilibrando da melhor maneira possível até chegar perto de casa, porque
chegou no Park Way a uns 4
quilômetros de casa o ônibus pifou. Aí meu filho falou,
caramba mãe tu é muito pé frio! E na mesma hora o telefone me lembrou que tava
na hora de tomar remédio. E eu dei um tapão naquele alarme nojento, saí do
ônibus junto com o povão e ficamos aguardando o próximo que aparecesse e
lógico, se desse pra gente entrar, porque já ia passar ali abarrotado de gente.
Achei melhor
ligar pro meu marido para que ele nos pegasse ali porque era perto de casa e
quando eu ia ligar, o maluco do cobrador chamou todo mundo de volta porque o
motorista conseguiu fazer o ônibus pegar e foi aquele alvoroço. Quem tava
sentado dessa vez foi em pé e vice-versa. Eu, papei mosca e continuei em pé. Cheguei em casa já
à noite, com a mesma dor que eu tinha saído e a certeza de que não valeu a
pena.
E esse foi meu
dia de cão. O Sus pode ser ruim, mas esses planos pagos deixam a desejar e muito.
Tenham uma excelente tarde.
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