7 de abr. de 2015

William Shakespeare


Você diz que ama a chuva...
mas você abre seu guarda-chuva quando chove. 
Você diz que ama o sol, 
mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. 
Você diz que ama o vento, 
mas você fecha as janelas quando o vento sopra. 
É por isso que eu tenho medo. 
Você também diz que me ama.“

(William Shakespeare) 
 
barrinhas photo:  78b.gif
 

Amargura

 
 
 
Amargura
 
Sei o que sinto hoje.
E sei, não é o mesmo de ontem.
O ontem do meu passado não era igual.
era mais forte e mais profundo o que eu sentia.
Nem de longe era igual o que sinto agora.
O que sinto hoje é também um sentir amargurado,
 e não tão amargurando quanto ontem.
Aquele amargor que ficou no passado,
passou e ficou menos amargo.
mas continua amargo...
 Queria que essa amargura passasse.
mas ela não passa.
suaviza com o tempo eu sei
e me acompanha faz tempos.
Não sai de mim, virou minha companhia.
Amargura é tão triste quanto mágoa.
A gente não pede para ter,
não compra, não solicita e nem tão pouco
se implora que se tenha.
ela simplesmente se faz
em algum momento, em nós, 
na nossa vida.
e depois, 
ela mesmo resolve ou ir embora
ou ficar sempre ao nosso lado.
A minha amargura não é minha
foi alguém que me deixou
e deixou ela comigo.
e como não sou forte,
 ela acabou entranhando em mim, 
no meu viver, 
na minha alma 
e da minha alma fazer parte.
É minha agora essa amargura
e essa vida amargurada
que não sei como resolver.
mas já aprendi como com ela conviver.
O que é uma pena.
 
barrinhas photo:  78b.gif
 
Leliane Alencar