5 de dez. de 2009

Morte de um Poeta - Totonho e Paulinho Rezende

Silêncio
Morreu um poeta no morro
Num velho barraco sem forro
Tem cheiro de choro no ar
Mas choro que tem bandolim e viola
Pois ele falou lá na escola
Que o samba não pode parar
Por isso meu povo no seu desalento
Começa a cantar samba lento
Que é jeito da gente rezar
E dizer que a dor doeu
Que o poeta adormeceu
Como um passaro cantor
Quando vem no entardecer
Acho que nem é morrer
Silêncio
Mais um cavaquinho vadio
Ficou sem acordes, vazio
Deixado num canto de um bar
Maz dizem poeta que morre é semente
De samba que vem derepente
E nasce se a gente cantar
E dizer que a dor doeu
Que o poeta adormeceu
Como um passaro cantor
Quando vem no entardecer
Acho que nem é morrer

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